quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Dia sim

Hoje dei por mim a pensar se gostaria de algo como isto...um blog. Ou se gostaria, se não gostaria, odiaria, ou até adoraria desde o primeiro momento em que o meu objectivo aqui se fizesse sentir um bocadinho em mim... É um objectivo não delineado (de forma alguma), é pessoal e para ser sincera acaba por ser também inexplicável. Há dias e dias, por isso, e por muito mais, vai dar para perceber o porquê de ser inexplicável. Hoje é dia sim por isso vou jogar forte nisto. Pode acabar hoje ainda, amanhã, ou daqui a tempo incerto. Não sei. Nem quero tão pouco saber. Estou a experimentar uma coisa nova, isto. Já é qualquer coisa.

3 comentários:

  1. E agora não sou só eu que vou ser controlada. Também vou controlar o teu cantinho aqui vais ver :p

    Bem vinda ao mundo dos blogs my angel.

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  2. Bem vinda! Se adoras Psicologia garanto-te que com este teu "mundo interior" transformado em escrita, andarás sempre mais sã! :D É uma excelente terapia...Boa sorte e beijinhos*

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  3. Reverência do Destino por Carlos Durmmond de Andrade (escritor brasileiro)

    Falar é completamente fácil,
    quando se tem palavras em mente que expressem sua opinião.
    Difícil é expressar por gestos e atitudes
    o que realmente queremos dizer,
    o quanto queremos dizer,
    antes que a pessoa se vá.
    Fácil é julgar pessoas que
    estão sendo expostas pelas circunstâncias.
    Difícil é encontrar e refletir sobre os seus erros,
    ou tentar fazer diferente algo que já fez muito errado.
    Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém,
    dizer o que ele deseja ouvir.
    Difícil é ser amigo para todas as horas
    e dizer sempre a verdade quando for preciso.
    E com confiança no que diz.
    Fácil é analisar a situação alheia
    e poder aconselhar sobre esta situação.
    Difícil é vivenciar esta situação
    e saber o que fazer.
    Ou ter coragem pra fazer.
    Fácil é demonstrar raiva e impaciência
    quando algo o deixa irritado.
    Difícil é expressar o seu amor
    a alguém que realmente te conhece,
    te respeita e te entende.
    E é assim que perdemos pessoas especiais.
    Fácil é mentir aos quatro ventos
    o que tentamos camuflar.
    Difícil é mentir para o nosso coração.
    Fácil é ver o que queremos enxergar.
    Difícil é saber que nos iludimos
    com o que achávamos ter visto.
    Admitir que nos deixamos levar,
    mais uma vez, isso é difícil.
    Fácil é dizer "oi" ou "como vai?"
    Difícil é dizer "adeus".
    Principalmente quando somos culpados
    pela partida de alguém de nossas vidas...
    Fácil é abraçar, apertar as mãos,
    beijar de olhos fechados.
    Difícil é sentir a energia que é transmitida.
    Aquela que toma conta do corpo
    como uma corrente elétrica quando tocamos a pessoa certa.
    Fácil é querer ser amado.
    Difícil é amar completamente só.
    Amar de verdade, sem ter medo de viver,
    sem ter medo do depois.
    Amar e se entregar.
    E aprender a dar valor somente a quem te ama.
    Fácil é ouvir a música que toca.
    Difícil é ouvir a sua consciência.
    Acenando o tempo todo,
    mostrando nossas escolhas erradas.
    Fácil é ditar regras.
    Difícil é seguí-las.
    Ter a noção exata de nossas próprias vidas,
    ao invés de ter noção das vidas dos outros.
    Fácil é perguntar o que deseja saber.
    Difícil é estar preparado para escutar esta resposta.
    Ou querer entender a resposta.
    Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade.
    Difícil é sorrir com vontade de chorar
    ou chorar de rir, de alegria.
    Fácil é dar um beijo.
    Difícil é entregar a alma.
    Sinceramente, por inteiro.
    Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida.
    Difícil é entender que pouquíssimas delas
    vão te aceitar como você é
    e te fazer feliz por inteiro .
    Fácil é ocupar um lugar na caderneta telefônica.
    Difícil é ocupar o coração de alguém.
    Saber que se é realmente amado.
    Fácil é sonhar todas as noites.
    Difícil é lutar por um sonho.
    Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo,
    mas com tamanha intensidade,
    que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata.

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